O trabalho que identificou 62 novos vírus bacteriófagos entre maio de 2024 e maio de 2025 e foi desenvolvido no âmbito do Centro de Pesquisa em Biologia de Bactérias e Bacteriófagos (CEPID B3) ganhou, agora, destaque na série de vídeos Ciência SP, produzida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). A veiculação em vídeo complementa o texto jornalístico já publicado pela Agência FAPESP, permitindo ampliar para novos públicos a divulgação do estudo e dos trabalhos voltados ao potencial dos bacteriófagos no combate às bactérias.
Conduzido por Julio Cezar Franco, pesquisador no CEPID B3 e docente na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o estudo foi desenvolvido nas dependências do Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular de Microrganismos do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), onde está sediado o CEPID B3, em parceria com Aline Maria da Silva (1959-2024). A dupla também contou com a colaboração de outros dois centros de pesquisa financiados pela FAPESP, o CEPID ARIES e o CEPID FoRC, além da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e do Zoológico de São Paulo. A pesquisa identificou fagos com potencial para controle biológico de diferentes bactérias, com possíveis aplicações em saúde e segurança alimentar, e vem sendo continuada no CEPID B3.
Segundo Franco, a publicação em vídeo aumenta a acessibilidade do trabalho e de seus resultados e possibilita o compartilhamento, de forma mais clara e acessível, da pesquisa na área de microbiologia e de seus avanços. “Durante nossa formação como cientistas, nem sempre recebemos treinamento para a divulgação científica”, destaca. “Por isso, iniciativas como essa são tão importantes: permitem que nossos trabalhos alcancem mais pessoas de forma efetiva, o que vai além da publicação dos artigos científicos em si”, complementa.
Em vídeos de um minuto, a série Ciência SP tem como objetivo mostrar o impacto econômico e social de pesquisas científicas e tecnológicas em diversas áreas do conhecimento, com destaque para estudos apoiados pela FAPESP. “Os vídeos explicam os métodos e resultados das pesquisas com uma linguagem acessível e visual, além de mostrar seu potencial na prática”, explica Bianca Bosso, especialista em Divulgação Científica e comunicadora no CEPID B3. “Em especial, no caso de estudos como esse, que podem ter aplicações concretas para a saúde muito em breve, é fundamental que o conhecimento alcance públicos variados e seja entendido por eles, desde especialistas até pessoas que nunca ouviram falar sobre o tema”, acrescenta. “Estratégias multimídia, como esses vídeos, nos ajudam a cumprir essa missão”, conclui.
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