[:pt]No último sábado, 30 de agosto, o Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) recebeu cerca de 34 membros de diversos laboratórios do Centro de Pesquisa em Biologia de Bactérias e Bacteriófagos (CEPID B3) para um workshop focado na integração entre diferentes equipes que trabalham com bacteriófagos – ou fagos. Além de incentivar a colaboração dos grupos de pesquisa filiados ao Centro, o encontro também possibilitou a troca de experiências e a análise conjunta de protocolos. A iniciativa teve como objetivo padronizar procedimentos, otimizar práticas laboratoriais e fortalecer o trabalho colaborativo entre os pesquisadores, promovendo um espaço de aprendizado e interação científica.
Durante o evento, os participantes foram organizados em três grupos, cada um dedicado a um aspecto diferente do estudo dos fagos. A Estação A ficou responsável por debater a coleta de amostras, o processamento, a estocagem e a distribuição; a Estação B focou em discussões sobre o sequenciamento de bactérias e fagos por meio da bioinformática; já a Estação C focou em estudos avançados sobre o tema, como a fagoterapia. Segundo Julio Cezar Franco, pesquisador-colaborador do CEPID B3 e docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o objetivo era que os participantes realizassem tarefas práticas que transcendessem os limites das discussões teóricas. “Cada estação de trabalho tinha protocolos e atividades específicas para cumprir, promovendo interação e aprendizado aplicado, e tínhamos o propósito de gerar um produto no final”, explicou.
Após as discussões fechadas em grupo, os participantes tiveram a oportunidade de apresentar os resultados e compartilhar as reflexões com todos os presentes, permitindo que protocolos e procedimentos otimizados durante o workshop fossem compartilhados e, possivelmente, adotados pelas diferentes equipes em suas práticas laboratoriais cotidianas no futuro. “As equipes montaram apresentações para cada estação e promoveram uma interação em etapas”, relatou. “Fizemos até esse ponto. A partir daqui, precisamos avançar para uma análise bioinformática. Então, direcionamos para a Estação B e assim por diante”, explicou Franco. Para ele, a riqueza das interações realizadas durante o evento superou as expectativas da organização. “Tanto em termos de trocas quanto nos produtos finais”, ressaltou.
Shaker Chuck Farah, diretor do CEPID B3 e participante do workshop, destacou o sucesso do encontro e manifestou expectativa por futuras edições. “Houve muita integração, troca de ideias e iniciativas de colaboração. Espero que possamos realizar outras edições sobre este e outros temas, como microscopia eletrônica, por exemplo”, afirmou. Nathan Silva, que atua com expressão gênica em bactérias e também participou da atividade, concorda com Chuck e elogia a produtividade do evento. “Foi muito produtivo para todos. Alguns grupos conseguiram integrar muito bem as discussões entre os diferentes temas”, disse.
Com participantes provenientes de diversas cidades com pólos do CEPID B3, como Campinas, Ribeirão Preto, Rio Claro e São Paulo, o evento contribuiu para reforçar a colaboração da rede de pesquisas e abriu caminhos para o avanço dos trabalhos realizados no Centro.[:]